Vítimas eram filho e neto do ex-policial Joaquim Aranha que foi condenado por homicídio em Ouro Preto do Oeste em 2017 – Foto: Reprodução[/caption] “Descoberta macabra na Rodovia AC-475: corpos são encontrados às margens do Igarapé Santa Helena”. Com esta manchete, o principal site de Acrelândia deu a notícia do assassinato de Naezio da Silva Santos e Dalberson da Silva Santos, encontrados mortos nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (6), ambos com perfurações de tiros na cabeça, na rodovia estadual AC-475, localidade conhecida por Ramal Samaúma. Ao lado dos corpos, a motoneta Honda Biz com placa de Plácido de Castro, que era ocupada pelas vítimas de uma execução sumária. A Polícia Militar foi comunicada do crime, e a Polícia Civil de Acrelândia investiga o duplo homicídio. O delegado Dione Lucas é o responsável pelo caso, e há a informação que tio e sobrinho teriam participado de uma festa na noite de domingo. Naezio e Dalberson são do município de Mirante da Serra, município localizado na região de Ouro Preto do Oeste, em Rondônia. Naezio era filho e Dalberson neto do ex-policial civil Joaquim Raimundo da Silva, popularmente conhecido por “Joaquim Aranha”, que trabalhava na delegacia civil de Mirante da Serra. Segundo relatos em Mirante da Serra, o ex-policial Joaquim Aranha se mudou para Acrelândia, Naezio também foi pra o Acre, e Dalberson tinha ido apenas passear na casa dos avós. PAI E FILHO FORAM CONDENADOS POR 2 HOMICÍDIOS EM MIRANTE DA SERRA E OURO PRETO DO OESTE EM 2017 Em 2017, Joaquim Aranha e o filho Naezio foram submetidos a Júri Popular após a Polícia Civil descobrir que a pistola do ex-servidor administrativo da instituição, que se valia da função de policial civil, tinha sido usada em dois homicídios ocorridos em Mirante da Serra e Ouro Preto do Oeste. Uma das vítimas morta pela pistola apreendida foi o genro de Joaquim Aranha Jeovani Arrabal, era irmão do farmacêutico Juarez Arrabal de Ouro Preto do Oeste, ele foi assassinado na linha 80 (estrada do Clube Tocari) em 7 de novembro de 2014 com 12 tiros de pistola, sendo cinco disparos na cabeça. A outra vítima de assassinato foi Alex Flávio de Oliveira, que lidava com comércio de compra e venda de gado em Mirante da Serra, e foi assassinado em 31 de janeiro de 2013 dentro do seu veículo. Em março e junho de 2017 pai e filho foram a Júri Popular. Joaquim Aranha foi condenado pela morte do genro enquanto o filho foi condenado pela morte de Alex Flávio. Ambos cumpriram penas, e ganharam benefício da liberdade condicional. Joaquim Aranha se mudou para o Acre, o filho foi também, enquanto o neto teria ido apenas passear.