05 de julho de 2025

Deputado encena aborto em sessão do Congresso em ato contra método de interrupção legal da gravidez

Deputado encena aborto em ato contra método de interrupção legal da gravidez: Durante sessão da Câmara dos Deputados da tarde desta terça-feira, 28, o deputado federal doutor Zacharias Calil (União-GO) encenou como ocorre o aborto por assistolia fetal. O ato foi uma manifestação contra o método de interrupção legal da gravidez. Com o propósito de analisar 17 vetos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a reunião trata de assuntos relacionados ao setor aéreo, às fake news, às saidinhas durante feriados de pessoas em privação de liberdade e a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024. No intervalo das votações, foi dada a palavra ao deputado. Calil, que é cirurgião pediátrico e anuncia ser, junto a sua equipe, referência na separação de gêmeos siameses, utilizou um modelo anatômico feminino para representar o que acontece com o feto após a introdução medicamentosa na pessoa gestante. “Com toda propriedade venho aqui mostrar para vocês o que é uma assistolia fetal”, diz. [caption id="attachment_500966" align="aligncenter" width="774"] Deputado federal doutor Zacharias Calil (União-GO) encena como ocorre o aborto por assistolia fetal.
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados [/caption] O parlamentar começa o discurso informando ser contra a a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a diretriz do Conselho Federal de Medicina (CFM) a respeito da interrupção da gravidez em casos de estupro. “Isso aqui é o abdômen de uma mulher grávida de seis, sete, oito meses. Vou tirar a parede abdominal, onde você podem ver o feto já encaixado, a placenta e o cordão umbilical”, mostra o médico com o apoio do modelo anatômico levado à sessão. Ele explica que são usados dois medicamentos para interromper a gravidez, cloreto de potássio e lidocaína, que são aplicados por uma injeção no feto dentro da barriga gestante com o auxílio de uma ultrassonografia. “O médico, através desse exame de ultrassom vai provocar o que? Uma crueldade. Um processo extremamente doloroso e de tortura no feto. Vai injetar isso aqui com essa agulha, desse tamanho, exatamente no coração da criança”, afirma. Calil argumenta que a decisão de realizar o procedimento precisa ser dos profissionais da saúde. “Cabe a nós médicos decidirmos. Isso daqui não é um impedimento de aborto, é um feticídio. Nós não podemos permitir que isso aconteça com as nossas crianças”, declara. O deputado ainda aponta que o a prática não é permitida para animais e compara o procedimento à pena de morte, que é proibida no Brasil. De acordo com o parlamentar, a adoção é uma alternativa para pessoas que desejam abortar. “O pessoal critica, mas nós temos a adoção. Pode levar essa gestação até o final. Existe uma fila de adoção que vai daqui até Goiana para recém-nascidos”, afirma. “Estamos a disposição aqui para contrariar exatamente essa suspensão do Supremo Tribunal Federal a pedido de um partido político”, finaliza Calil que diz novamente que a discussão cabe ao CFM.        
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