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A jornada silenciosa de milhões de mulheres que sofrem com a endometriose

Professora da UNINASSAU Cacoal fala sobre a doença que atinge a saúde feminina

Maio é considerado o mês de luta contra a endometriose, mas, afinal, que doença é essa que afeta milhões de mulheres? De acordo com a professora do curso de Fisioterapia da UNINASSAU Cacoal e fisioterapeuta pélvica, Gislaine Sales, a endometriose é uma condição crônica que, muitas vezes, é mal compreendida.

“Nesse casos, o tecido que reveste o útero internamente cresce fora dele em regiões mais distantes, como no intestino, na bexiga, no reto e, em condições mais raras, no tórax. Como a doença é uma condição inflamatória crônica, pode apresentar dor”, explica a professora Gislaine.

Para muitas mulheres, os sintomas começam a se manifestar durante a adolescência. Porém, o diagnóstico adequado pode levar anos. A dor pélvica, que, muitas vezes, é vista como apenas uma parte normal do ciclo menstrual, é um dos sinais mais comuns. No entanto, a endometriose também pode se manifestar de outras formas, como dor durante a relação sexual, sangramento irregular, disfunções no momento da evacuação, dificuldade de segurar a urina e dor lombar que, geralmente, desce para pernas.

“O diagnóstico se dá por meio de uma avaliação clínica médica dos sintomas e de exames de imagem com preparos específicos, como ressonância da pelve. Em casos mais graves, é necessário realizar uma cirurgia, como a laparotomia exploratória, para verificar os focos e a retirada”, destaca a profissional.

Ainda de acordo com a fisioterapeuta, alguns casos de endometriose não apresentam sintomas. “Mulheres que têm infertilidade devem investigar, junto a um profissional de saúde, se elas possuem a doença”.

Apesar dos desafios, há motivos para esperança. A crescente conscientização sobre a endometriose está levando a uma maior aceitação, compreensão da condição e busca por ajuda. Além disso, há os avanços na pesquisa médica. “Existem diversos tratamentos, como a correção na alimentação, evitando produtos que podem ser inflamatórios, uso de medicamentos, métodos contraceptivos para amenizar os sintomas, tratamentos hormonais, entre outros”, finaliza.

Aline Boone-Assessoria de Imprensa/UNINASSAU Cacoal

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