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Sem fórmulas: Leitura e interpretação de enunciados no Ensino da Matemática nas turmas de 6° e 9° anos

O projeto Sem fórmulas: Leitura e interpretação de enunciados no Ensino da Matemática nas turmas de 6° e 9° anos sob a coordenação da Professora Angela Maria Santos de Souza, está inserido na proposta do V Simpósio de Práticas Discursivas na Amazônia/PDA no Projeto Guarda Chuva e na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Ulisses Matosinho Peres de Pontes  no mês de fevereiro foi aplicada uma avaliação de sondagem elaborada pela SEMED , o que serviu de parâmetro para dar ênfase aos conteúdos que os estudantes tiveram maior dificuldade. Ainda no 1° bimestre, fiz a leitura de um livro paradidático “Uma Raiz Diferente da autora Luzia Faraco Ramos” da coleção A Descoberta da Matemática e não li o final, solicitando aos estudantes que formulassem um desfecho, ativando assim a criatividade dos discentes e inserindo o conteúdo de Potenciação e Radiciação, para não fugir da habilidade da  BNCC (EF06MA03).

Já nas aulas seguintes o foco era dado as informações nos exercícios de matemática, sendo feito questionamentos aos estudantes como eles pensaram e como fizeram a atividade, sempre dando uma devolutiva e ênfase nas resoluções para o melhoramento na aprendizagem. Percebe-se que os estudantes começaram a compreender que Matemática não é pressa e sim precisão.

Uma atividade que tem feito a retomada de decisões e análise do trabalho desenvolvido nas turmas de 6º e 9° anos, é um dos problemas cruciais e de viés relevantes tem a ver com a compreensão do processo de leitura, onde a relação interpretação e decodificação tem um amplo distanciamento. As indagações vem da percepção aos resultados das avaliações externas(SAERO, IDEB, Diagnósticas aplicadas, OBMEP). Quando temos o hábito de leitura, fazemos  suposições prévias sobre o que está escrito no texto. Ler é um ato complexo que correlaciona informações visuais e não visuais, cujo objetivo é alcançar o significado expresso linguisticamente.

Algo que tem feito a diferença nas aulas e impactado nos resultados foi  abolir o imediatismo nas respostas e dar ênfase a leitura, retirando as informações para depois “atacarmos” o problema, pois os estudantes na sua totalidade tinha o hábito de fazer uma leitura trivial e sem muita absorção, essa leitura fundamentalista, muitas das vezes atrapalha a compreensão, virando um vício, onde o estudante mal recebe uma atividade e já determina que não “entendeu” ou já pergunta: “O que é para ser feito?” Onde no contexto matemático, a leitura e a coleta de dados/informações é de extrema necessidade.

O objetivo inicial proposto tem sido atingido, pois o discente tem otimizado o seu tempo, além disso a leitura e interpretação tem sido algo notório também nas demais disciplinas, afinal o estudante escreve, lê e interpreta em todos os componentes curriculares. Se considerarmos a proposta inicial estamos com todos os objetivos satisfatórios, pois de A a F, se cumpriram :

  1. Incentivo à aprendizagem contínua;
  1. Leitura com foco;
  2. Gerenciamento do tempo;
  3. Autonomia intelectual;
  4. Ensinando com a web;
  5. Pensamento crítico.

Ler é atribuir sentidos, é dar vida, cor, elementos essenciais para a compreensão. E, ao compreender o texto como um todo coerente, o leitor pode ser capaz de refletir sobre ele, de criticá-lo, de saber como usá-lo em sua vida. Conceber a leitura desse modo muda radicalmente a forma de pensar e de organizar o seu ensino. Se os sentidos não estão prontos no texto, é preciso contribuir para que os alunos criem boas estratégias para estabelecer relações necessárias à compreensão. Sabemos que não adianta mandar o estudante ler dizendo-lhe: “Leia porque a informação está aí”. Muito menos adianta
mandar abrir o livro didático e copiar o texto que lá está. Isso não é aula de leitura. A realização de cópia é mera atividade motora, não favorece o entendimento do texto. Há uma diferença entre o que se escreve, entre o que se lê e o que realmente se quer dizer.
Figura 1 Estudantes 6º ano concentrados fazendo avaliação diagnóstica.

Fonte: Autora(2024)Figura 2      Estudantes 9º ano concentrados fazendo pesquisa utilizando o LABIN

Fonte: Autora(2024)

Figura 3 Aprendendo tabuada com o lúdico(jogo online).

Fonte: Autora(2024)

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