Acusado de matar homem de 39 anos em Cacoal, teria se apresentado na terça, 28 de maio

Advogado disse que não vai comentar o assunto, mas a reportagem teve acesso ao depoimento do acusado, que entregou a arma de fogo para as autoridades.

Viatura da Polícia Militar na Delegacia de Polícia Civil de Cacoal

Viatura da Polícia Militar na Delegacia de Polícia Civil de Cacoal[/caption] Lafaeti A. R., de 40 anos, acusado de matar Fernando Martins de Oliveira, de 39 anos, no último fim de semana em Cacoal (RO), se apresentou para as autoridades judiciárias, na última terça-feira, 28 de maio, como havia sido mencionado durante o programa Comando na TV, da TV Suruí Cacoal. Lafaeti, segundo informações, trabalhava em uma empresa de segurança eletrônica. Ele tem dois filhos de 15 anos e não é casado. Ele teria sido agredido por Fernando, que buscava informações sobre supostas mensagens enviadas para sua esposa, com quem Lafaeti havia saído algumas vezes, sendo a última a mais de um ano. A reportagem teve acesso ao depoimento de Lafaeti nesta sexta-feira, 31 de maio. A integra do depoimento dá conta de que ele e a esposa de Fernando, nunca tiveram nada sério. “Saímos umas duas vezes e a última foi há mais de um ano”, contou. Lafaeti também pontuou no depoimento que conversou por telefone com a mulher de Fernando sobre negociações referentes a uma casa e um carro, mais nada. Após um tempo, ela teria enviado um áudio dizendo que não queria mais conversar com ele, já que estava comprometida e o bloqueou nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Houve mais uma conversa entre eles, desta vez em janeiro de 2024, quando a indagou sobre o áudio enviado e o bloqueio nas redes sociais, sendo afirmado por ela que Fernando havia exigido. Daí para frente, não houve mais conversas entre os dois. Eles se encontraram na frente da casa onde o filho de Lafaeti mora. O acusado também contou que conversou com um familiar da mulher em questão, que disse que ela e Fernando brigavam muito por causa de ciúmes da parte dele, especialmente em relação ao envolvimento dos dois. Ela também teria avisado Lafaeti que Fernando possuía arma de fogo em casa e que sentia raiva e ciúmes dele (Lafaeti), o que teria deixado o acusado atemorizado.

No dia do fato

Outro ponto importante no depoimento, é que Lafaeti disse que não houve vias de fato. Ele e Fernando não teriam trocado ofensas e agressões, como havia sido cogitado. “Fui agredido com dois socos no maxilar, na parte esquerda, empurrado e por várias vezes, quando tentava deixar o local. Ele também agarrou meu pescoço e tentou me jogar no chão. Em momento algum eu revidei, até porque ele era muito mais forte que eu”, disse. Lafaeti disse em depoimento que conseguiu chegar até o carro e que pretendia deixar o local, mas Fernado teria ido para cima da sua ex-esposa e pensando que ele poderia tentar algo contra ela, colocou a pistola GX4, calibre .9mm na cintura e avisou Fernado que estaria armado e só queria resolver as coisas com tranquilidade. Ainda assim, Fernado continuou agressivo e partiu para cima dele, momento em que houve o primeiro disparo. Lafaeti empunhou a pistola 9mm e atirou no chão ao lado das pernas da vítima. Como Fernando continuou avançando, teria atirando no ombro direito dele. Fernando se vira e corre para dentro de casa, momento que é alvejado pelas costas outras duas vezes. “Pensei que ele estava indo buscar uma arma de fogo”, contou. “Foi tudo muito rápido, ele veio para cima de mim e pensei que fosse tomar a arma de mim, então atirei. Fugi do local com medo de que chegasse algum familiar dele e as coisas só piorassem”, encerra o depoimento. Lafaeti apresentou a arma e toda a documentação, um carregador e três munições.  Não há mais informações…

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