O desafio do agro no RS é a reconstrução e o apoio que precisam para seguir em frente[/caption]
Aproximadamente 700 mil micro e pequenas empresas gaúchas ligadas ao agro foram impactadas pelas enchentes. Quando falamos em agropecuária, somente 17% das propriedades não tiveram problemas, conforme revela a parcial de uma pesquisa que está sendo feita pelo Governo do Estado.
Todos os outros 83% sofreram perdas na produção, mesmo que parcial, também danos em galpões, casas e estradas de acesso, e a perda de animais.
O desafio agora é a reconstrução e eles precisam de apoio e força para seguir em frente, porque o que eles mais querem é voltar para o trabalho, produzir alimentos, produzir comida.
Mesmo quem não foi diretamente atingido pelas enchentes foi impactado direta ou indiretamente.
Vou dar o exemplo do leite, em que salas de ordenha ficaram alagadas, houve perda de alimentação para os animais, o transporte até a cooperativa ficou impossível, as indústrias precisaram parar o processamento de leite, iogurtes, manteiga e queijos.
Isso aconteceu também com frangos, arroz, frutas, hortaliças e muitas outras cadeias produtivas.
Depois de quase vinte dias, a vida vai tomando novos rumos, aos poucos. A ajuda chega de todos os lugares, com doações de todos os tipos.Ajuda, por exemplo, que os produtores de leite do Vale do Paranhana estão recebendo dos produtores do Paraná, com silagem para as vacas.
Mas mesmo quem já doou roupas, alimentos, água e dinheiro, pode continuar ajudando. Como?
Dando preferência, na hora da compra, aos produtos produzidos no Rio Grande do Sul. É simples e não tem gasto extra nenhum.
Para a dona de casa, e as campanhas estão se espalhando pelos mercados de todo o país. De Minas Gerais a Santa Catarina, a plaquinha na prateleira chama a atenção.
Do arroz ao pé de moleque, da farinha de trigo à geleia, e ainda vinho, azeite, o RS é destaque na produção de centenas de produtos e certamente você vai poder colaborar sim.
Tem muito consumidor que já faz isso há muito tempo. Sabe aquela lata de pêssego em calda, docinha, indispensável na ceia do Natal? 95% são produzidas no Rio Grande do Sul.
As verduras e temperinhos que plantamos em casa são distribuídas por uma das maiores empresas do país no desenvolvimento de sementes de frutas e verduras para hortas caseiras, a Isla, que tem sede em Porto Alegre.
Além da empresa ficar embaixo da água, 50 funcionários também perderam suas casas.
As histórias não param por aí.
O arroz que os cariocas compram, nas principais redes de supermercados do Rio de Janeiro, e é líder de vendas na região, é produzido em Palmares do Sul pelos mesmos arrozeiros que emprestaram bombas de irrigação das lavouras para drenar a água da enchente em Pelotas.
Uma última dica: foi criado um site que reúne empresas atingidas que estão precisando – e muito – vender.
Eu garanto que tem marcas que você já conhece, passa lá, o endereço é compredors.com.
Pois é optando por produtos produzidos por essa gente que você pode continuar fazendo a sua parte.
Ajude os produtores do RS. Compre, apoie, participe da reconstrução.
Porque desistir, jamais!