Chuva em Porto Alegre: como foi a histórica enchente de 1941
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Imagem aérea da enchente de 1941 em Porto Alegre (RS) mostra como ficou a região central da cidade, especialmente as ruas dos Andradas, Riachuelo e Sete de Setembro
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Rua Sete de Setembro, no Centro Histórico de Porto Alegre (RS), tomada pela água na enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Praça da Alfândega, em frente ao Clube do Comércio, alagada durante a enchente de 1941 em Porto Alegre
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Imagem aérea mostra como ficou o Mercado Público de Porto Alegre (RS) durante a enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Rua da região central de Porto Alegre (RS) tomada pela água durante a enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Fotografia tirada em ponte na avenida Getúlio Vargas mostra o nível do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre (RS), durante a enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Avenida Voluntários da Pátria, no Centro Histórico de Porto Alegre (RS), alagada durante a enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Vista aérea da região central de Porto Alegre (RS) durante a enchente de1941; imagem mostra o Paço dos Açorianos, o antigo Mercado de Tecidos e o Mercado Público
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Vista aérea da avenida Farrapos durante a enchente de 1941 em Porto Alegre (RS)
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Enchente de 1941 em Porto Alegre (RS): imagem aérea mostra como ficou a região do Cais do Porto
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Rua Marcílio Dias, em Porto Alegre (RS), durante a enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Barco trafega pela Praça Parobé, próximo ao Mercado Público de Porto Alegre (RS), durante a enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Rua Uruguai, no Centro Histórico de Porto Alegre (RS), alagada durante a enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Foto tirada do Edifício da Companhia de Seguros União mostra a situação da avenida Borges de Medeiros e do Mercado Público de Porto Alegre (RS) durante a enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Imagem da praça XV de Novembro durante a enchente de 1941 em Porto Alegre (RS)
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Alagamento na rua dos Andradas, região do Centro Histórico de Porto Alegre (RS), durante a enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Barco trafega pela avenida Borges de Medeiros durante a enchente de 1941 em Porto Alegre (RS)
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Vista da enchente de 1941 em Porto Alegre (RS); foto tirada na rua dos Andradas, no trecho entre a rua Caldas Júnior e a rua General Câmara, aparecendo o Grand hotel e o Cinema Imperial
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Homens passam em canoa nas proximidades da Estação Central da Viação Férrea de Porto Alegre (RS), na rua Voluntários da Pátria, durante a enchente de 1941
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Homens utilizam canoa como meio de transporte durante a enchente de 1941 em Porto Alegre (RS)
Crédito: Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
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Vista da cidade de Porto Alegre (RS) durante a enchente de 1941
Crédito: Sioma Breitman/Acervo/Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
Veja as imagens da enchente de 1941 na galeria acima
Até a semana passada, a pior enchente que havia atingido a cidade de Porto Alegre (RS) havia sido entre os meses de abril e maio de 1941. Segundo registros da época, reunidos pelo museu Joaquim Felizardo, a capital gaúcha recebeu 24 dias de chuvas de maneira ininterrupta.
Alguns registros da época dão conta que o nível do lago Guaíba chegou a 4,75 metros, enquanto outras publicações falam em 4,76 metros.
De qualquer forma, a situação da enchente deste ano é bem mais grave do que a de 1941. No último dia 4 de maio de 2024, o nível do Guaíba chegou a 5 metros pela primeira vez na história, tendo alcançado 5,3 metros no dia seguinte.
Os registros levantados pelo museu informam que, em 1941, cerca de 70 mil pessoas ficaram desabrigadas –o que equivale a cerca de um quarto da população da época.
Segundo registros, um terço dos estabelecimentos comerciais ficaram embaixo d’água por cerca de 40 dias.
“A cidade ficou ilhada: o alagamento atingiu o porto, a estação ferroviária e o Aeroporto Municipal. Um dos momentos mais críticos, foi quando a água atingiu a Usina do Gasômetro e deixou a cidade sem luz”, informa o museu.
Assim como ocorre neste ano, os registros informam que, depois da falta de luz, veio a interrupção do abastecimento de água. O transporte teve de ser feito por barcos e canoas, já que o trânsito de pedestres e automóveis não era possível.
Depois de a capital gaúcha ter sido castigada pela cheia de 1941, veio à tona o debate em torno da necessidade se construir uma barreira que protegesse a cidade contra enchentes.
Pouco mais de 30 anos após a ocorrência, em 1974, foi finalizado o chamado Muro da Mauá. A estrutura fica entre o cais Mauá e a avenida Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre, e tem 3 metros de altura e 2,6 quilômetros de comprimento.
Reportagem da época sobre a enchente de 1941 em Porto Alegre (RS) / Acervo/UFRGS
Uma reportagem da época, cujo recorte está no acervo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mostra que mais de 10 mil prédios foram atingidos pela enchente. “Um serviço popular de salvamento foi organizado por meio de canoas construídas às pressas e nem sempre seguras”, diz o texto.
Reportagem de 1941 mostra as áreas atingidas pela enchente de 1941 em Porto Alegre (RS) / Acervo/UFRGSEm um artigo científico publicado em 2020, o pesquisador André Luiz Lopes da Silveira, doutor em Ciências da Água no Ambiente Continental e professor da UFRGS, afirmou que a situação da cidade em 1941 poderia ter sido ainda pior.
“Há que se considerar que o Guaíba antes da cheia de 1941 estava com nível d´água baixo, compatível com o normal esperado para abril, desta forma, pode especular que o mesmo evento chuvoso em outra época poderia resultar num coeficiente de escoamento maior, gerando uma cheia ainda maior.”
O pesquisador fez um levantamento da precipitação registrada em cidades gaúchas entre 13 de abril e 6 de maio de 1941. Veja abaixo:
Precipitação no Rio Grande do Sul em 1941 / Organizado por André Luiz Lopes da Silveira
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Até a semana passada, a pior enchente que havia atingido a cidade de Porto Alegre (RS) havia sido entre os meses de abril e maio de 1941. Segundo registros da época, reunidos pelo museu Joaquim Felizardo, a capital gaúcha recebeu 24 dias de chuvas de maneira ininterrupta.